sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Um cadáver ouve rádio - trecho

"Embora a primeira parte do plano não oferecesse aparentemente perigo, Leo estava inquieto. Ter idéias e uma coisa, realizá-las é outra, muito diferente. Um simples erro, esquecimento ou acaso põe tudo a perder. É difícil determinar os acontecimentos cada um em seu lugar e tempo. Por exemplo: Leo precisava dar um telefonema para o Beco e mandar chamar Luana. Mas não sabia exatamente o momento de fazê-lo. Ele e Ângela haviam feito um cálculo: quinze minutos. O orelhão, porém, poderia estar ocupado. E quem garantia que, feita a ligação, chamassem Luana. Certos patrões não permitem empregados atendendo a telefonemas. E quanto a condução das entrevistas? Às vezes um entrevistado, monossilábico, de cara feia, reduz o trabalho de um pesquisador a dois ou três minutos. Há, inclusive, os que se recusam a responder qualquer coisa, enquanto um tagarela pode espichar demasiadamente o papo e estragar o lance. Com todos esses maus pensamentos na cabeça, Leo aproximou-se do orelhão da esquina. Azar! Uma pessoa telefonava e outras duas esperavam a vez." (REY, Marcos - Um cadáver ouve rádio. 5ª edição. São Paulo Ática, 1987.)

Responda sobre o trecho:
1. Por que Leo estava inquieto?
2. Quais eram os maus pensamentos que Leo tinha na cabeça?
3. Para que serve o "orelhão" de acordo com o texto?


Resumo do livro extraído do site:http://leituranosedes.zip.net/

"Um cadáver é encontrado dentro de uma construção. Ao lado, apenas um rádio ligado. Diante do mistério, o delegado responsável pelo caso recorre a ajuda de três jovens detetives conhecidos dele. O cadáver era de um homem de quem todos gostavam no bairro, um sanfoneiro chamado Alexandre, mais conhecido como Boa-Vida. Quem teria motivos para matá-lo? Boa-Vida era casado, mas ele e a mulher não moravam mais juntos. Dias depois de sua morte sua ex-mulher também morre. Será o mesmo assassino?Por que também a matou? Estes são alguns dos intrigantes elementos que fazem parte de “Um Cadáver Ouve Rádio”, escrito por um dos maiores escritores brasileiros do gênero infanto-juvenil, o paulista Marcos Rey. O livro pertence a célebre série “Vaga-Lume”." 




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