sábado, 25 de fevereiro de 2012

Exemplos de ironia

Ironia

Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em ressaltar algum aspecto passível de crítica. A ironia deve ser muito bem construída para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emissor. Veja os exemplos abaixo:

Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima!
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.



“Olá, Carlos. Como você está em forma!”

“Meus parabéns pelo seu belo serviço!”

As duas frases só podem compreendidas ironicamente se a entonação da voz se der nas palavras “forma” e “belo”. Entretanto, isso não seria necessário se inseríssemos essas afirmações nos seguintes contextos:

Frase 1 – Carlos está pesando atualmente 140 kilos.
Frase 2 – O funcionário elogiado é um segurança que dormiu em serviço e, por isso, não viu o meliante que roubou todo o dinheiro da empresa.

Não seria necessário inserir o contexto na frase 1, se a reformularmos da seguinte maneira:

“Olá, Carlos! Como você está em forma… de baleia!”

Portanto, definimos como ironia a figura de linguagem que afirma o contrário do que se quer dizer.

Exemplos de trocadilhos

Leia alguns exemplos de trocadilhos com nomes próprios:

* Eu não vou furar, o Juca Kfouri.

* Todo mundo só morre uma vez, mas a Alanis Morrissette.

* Eu pulo do barranco, o Luciano do Valle.

* Ao ver uma modelo você fala que ela é bonita. O Miguel Falabella.

* Meu pai gosta de fusca, a Rita Cadilac.

* Eu gosto de sopa. O Carlos Massa.

* A Maria é da cidade, o Martinho da Vila.

* Ninguém queria pagar a conta mas a Cassia Kiss.

* Eu pinto paredes, o Janio Quadros.

* O Pateta usa o teclado e o Mickey Mouse.

* Eu moro em Copacabana. O Tony, Ramos

* Eu escovo os dentes 3 vezes ao dia. O Joãozinho Trinta.

* Você já esteve na Europa? A Adriana Esteves.



* Eu gosto de chá gelado. O Clark Kent.

* Eu como pão Seven Boys. O Bill Pullman.

* As vezes eu corto o cabelo. O Jose Serra.

* Eu uso telefone convencional. O Edson Cellulari.

* Eu como um pouco, a Marisa Monte.

* Ele cria galinha. O Paulo Coelho

* Eu torço pro São Paulo. O Silvio Santos

* Eu tentava pescar jundiá. A Cláudia Raia

* Eu não escapo dela. O Chiquinho Scarpa

* Eu aposto na quina. O Airton Senna

* A minha campainha faz bip. A de Bill, Clinton.

* Eu uso jaqueta. O Al Capone.

* Você planta, o Phill Collins.

* Você riu desses trocadilhos? Não? O Damon Hill.

http://www.significadodosnomes.com/trocadilhosdenomes.php


O trocadilho pode nascer de um simples equívoco de pronúncia, puramente fonético.
Um exemplo neste diálogo:

« - Minha senhora, eu queria a mala (amá-la»)
- Que diz?! - exclama a senhora indignada - o senhor é muito atrevido
- Não sei porquê… desejo a mala, que me ia esquecendo dela
- Ah! A mala…- Está bem, desculpe. Tem-na ali ao canto. Leve-a.»


http://www.slp.pt/Variavel/Jogo_palavras.html

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Um cadáver ouve rádio - trecho

"Embora a primeira parte do plano não oferecesse aparentemente perigo, Leo estava inquieto. Ter idéias e uma coisa, realizá-las é outra, muito diferente. Um simples erro, esquecimento ou acaso põe tudo a perder. É difícil determinar os acontecimentos cada um em seu lugar e tempo. Por exemplo: Leo precisava dar um telefonema para o Beco e mandar chamar Luana. Mas não sabia exatamente o momento de fazê-lo. Ele e Ângela haviam feito um cálculo: quinze minutos. O orelhão, porém, poderia estar ocupado. E quem garantia que, feita a ligação, chamassem Luana. Certos patrões não permitem empregados atendendo a telefonemas. E quanto a condução das entrevistas? Às vezes um entrevistado, monossilábico, de cara feia, reduz o trabalho de um pesquisador a dois ou três minutos. Há, inclusive, os que se recusam a responder qualquer coisa, enquanto um tagarela pode espichar demasiadamente o papo e estragar o lance. Com todos esses maus pensamentos na cabeça, Leo aproximou-se do orelhão da esquina. Azar! Uma pessoa telefonava e outras duas esperavam a vez." (REY, Marcos - Um cadáver ouve rádio. 5ª edição. São Paulo Ática, 1987.)

Responda sobre o trecho:
1. Por que Leo estava inquieto?
2. Quais eram os maus pensamentos que Leo tinha na cabeça?
3. Para que serve o "orelhão" de acordo com o texto?


Resumo do livro extraído do site:http://leituranosedes.zip.net/

"Um cadáver é encontrado dentro de uma construção. Ao lado, apenas um rádio ligado. Diante do mistério, o delegado responsável pelo caso recorre a ajuda de três jovens detetives conhecidos dele. O cadáver era de um homem de quem todos gostavam no bairro, um sanfoneiro chamado Alexandre, mais conhecido como Boa-Vida. Quem teria motivos para matá-lo? Boa-Vida era casado, mas ele e a mulher não moravam mais juntos. Dias depois de sua morte sua ex-mulher também morre. Será o mesmo assassino?Por que também a matou? Estes são alguns dos intrigantes elementos que fazem parte de “Um Cadáver Ouve Rádio”, escrito por um dos maiores escritores brasileiros do gênero infanto-juvenil, o paulista Marcos Rey. O livro pertence a célebre série “Vaga-Lume”."